Para muitos estas malignas identidades, através de um pensamento religioso, relembram “demónios”; criaturas infernais desprovidas do amor de Deus. E que, certamente, quando morrerem as suas almas merecem ir para junto do seu protector: o Diabo! Ao qual sempre manifestaram adoração através dos seus atos. Mesmo no sentido literal, como no caso do serial killer Richard Ramiréz, que se assumia como tal e que presenteou a imprensa jornalística com capturas do próprio com um pentagrama desenhado na mão, durante o seu julgamento. Mas uma verdade é que durante o século XX muitos serial killers recorriam ao satanismo para justificar os seus crimes, declarando ser obra de possessão de seres malignos. Tais confissões fazem apelo à insanidade e que em maior parte dos casos foi desmentido. Alegar intervenção de forças maiores para justificar os próprios crimes foi um truque usado durante séculos por criminosos, mas que nos julgamentos modernos não tem sucesso. Na realidade o Satanismo nada tem a ver com o cristianismo, ao contrário do que os crentes católicos acreditam. Visto que tais religiões pagãs não acreditam na personagem do Diabo que o Catolicismo criou.
Sendo assim, este ponto de vista, no qual assassinos em série são demónios e controlados pelo Diabo, é totalmente falsa. Porque só pode pensar assim quem foi ensinado segundo uma doutrina católica, que insiste em distinguir o bem e o mal com figuras alegóricas, tais como Deus (Cristianismo) e o Diabo. E existem imensas religiões diferentes que não crêem nessa ideia. Ou seja, o mito de Serial Killers serem obra do Diabo é uma mera opinião e não um facto.
Dando segmento a este fio de pensamento ocultista nutro vontade de invocar nomes como: Drácula e Lobisomem. Ambas são criaturas arrepiantes pertencentes ao folclórico europeu. Durante anos nobres, clérigos, burgueses e camponeses viviam aterrorizados com a ideia que existia uma criatura, semelhante a um lobo, que dizimava aldeias durante a lua cheia. Este ser é o Lobisomem. Actualmente muitos dizem não passar de uma farsa, mas eu sinceramente acredito nesta figura, mas não como a lenda dita. Não creio que houvesse realmente um híbrido de um homem e um lobo, mas em pessoas de natureza selvagem creio.
Ao fenómeno de um humano acreditar ser e comportar-se como um animal dá-se o nome de Licantropia, na psiquiatria atual. À quatrocentos anos atrás não existia o termo “psicopata”, mas existiam assassinos que vagueavam pelos campos e matavam as suas vítimas com uma ferocidade brutal. A estes assassinos dava-se o nome “licantropos”, que deriva de duas palavras gregas: Lykos (que significa “lobo”) e Anthropos (que significa “homem”). Ou seja, pensava-se mesmo que estes maníacos eram literalmente Lobisomens. E pessoalmente acredito que estes indivíduos eram de tal ordem perturbadora que possam ter mesmo acreditado que eram monstros sobrenaturais.
Dois casos práticos de licantropia nos finais de 1500 são Gill Garnier e Petter Stubbe. Nenhum dos dois adquiria pêlos, garras e presas na Lua cheia, mas os seus crimes tão horrendos e semelhantes são dignos do apelido de Lobisomem, uma besta selvagem e demoníaca. Tanto Garnier como Stubbe eram assassinos sexuais e canibais, que atacavam sobretudo crianças. Em menos de dois meses Garnier atacou e dilacerou quatro crianças com as próprias mãos e dentes. Enquanto Stubbe fez o mesmo em pelo menos quinze vítimas, incluindo o seu filho. Depois de cortar a garganta do rapaz, abriu-lhe o crânio e comeu os seus miolos.
Agora para fechar com chave de outro trago outra figura ilustre do folclórico europeu e que não cai em desuso até os dias de hoje: Drácula! A primeira vez que tivemos a oportunidade de ver o Drácula foi nos cinemas interpretado pelo fascinante Béla Lugosi. Certamente que arrepiou muitos fãs dos filmes a preto e branco da altura, mas drácula já despertava calafrios à muitos séculos atrás. Verdade seja dita: é improvável sermos atacados no quarto por um demónio da Transilvânia com quatrocentos anos. Porém, existem psicopatas sexuais que obtêm prazer em beber o sangue das suas vítimas. A este desejo monstruoso dá-se o nome de Vampirismo. Estes vampiros reais não dormem em caixões nem se transformam em morcegos, são piores, porque são seres humanos tal como nós e podem nunca ser descobertos, mesmo que sofram de algum transtorno sexual, de personalidade ou psicose e eles podem não ser tão encantadores como o Drácula de Bram Stoker ou como as sensuais sanguessugas dos romances de Anne Rice.
Um exemplo sórdido é o do homicida sexual italiano Vincenz Verzeni. Este assassino arrastou uma rapariga de catorze anos para um campo e matou-a. Após um desvario sádico, mastigou-lhe a anca e sugou-lhe o sangue. Tendo no final arrancado um pedaço da barriga da perna da pobre rapariga com intenção de o assar e comer depois! Outro caso de vampirismo foi o do assassino britânico John George Haigh. Antes de dissolver as suas vítimas num tanque de ácido na sua cave, dava um golpe na jugular das vítimas, retirava um copo de sangue e bebia num só gole. Mas este seu feito não se tratava de uma perversão, mas sim de uma condição grave chamada Hematomania: uma obsessão por sangue que dura toda a vida.
Um caso ainda mais grave de Vampirismo foi o de Florencio Fernandez, um pedreiro de 25 anos que, em 1960, entrou pelas janelas de quinze mulheres durante a noite. Prendia-lhes os braços na cama, mordia-lhes a garganta e bebia-lhes o sangue. Este sujeito verdadeiramente sofria de uma Alucinação Vampírica. Florencio vivia numa caverna, usava uma capa idêntica à retratada no conto do Drácula e o seu “relógio natural” estava trocado em relação ao nosso. Durante o dia, quando o Sol se manifesta, mergulhava num sono profundo e durante a noite vagueava com a sua capa.
O caso mais sensasional da atualidade é o de Richard Chase. Este jovem matou cerca de seis pessoas, entre elas uma grávida, para poder beber o sangue. O mesmo fazia com animais. Bebia o sangue ou injetava nas próprias veias. Tudo porque sofria de esquizofrenia paranóide, na qual passava a acreditar que o sangue do próprio corpo estava a desaparecer misticamente e precisava de restabelecer o seu corpo com sangue novo.
Conclusão, licantropos e vampiros realmente existiram e talvez as lendas do folclórico europeu não sejam totalmente mentira ou ficção. Para muitos, serial killers não passam de monstros; e mesmo que não o sejam, esta foi a denominação mais apropriada que os nossos antepassados conseguiram utilizar para explicar os crimes hediondos que aterrorizaram este mundo durante séculos. Tal como Rumpelstilskin, a aberração, criada pelos fabulosos Irmãos Grimm, que raptava bebés para os matar e comer; existem inúmeros pedófilos espalhados pelo mundo que são capazes de cometer atrocidades com bebés, infelizmente. Tal como o serial killer Albert Fish.
E quanto ao canibalismo: sempre houve e sempre haverá. Para algumas culturas continua a ser uma tradição normal; enquanto para nós, cidadãos de Países desenvolvidos, temos tendência a categorizar como uma atrocidade. Sendo assim, vejo-me forçado, porém com agrado, em mencionar a personagem fictícia Hannibal Lecter. Hannibal ficou mundialmente conhecido na área do Cinema pela sua peculiaridade: trata-se de um psiquiatra que matou parte dos seus pacientes para os poder servir ao jantar! Este "doutor dos infernos", que se deliciava com petiscos bem preparados à base de orgãos e Deseja adicionar uma legenda a esta imagem? Clique no ícone Configurações. carne humana, ganhou o carinho do público devido ao seu charme e inteligência ilimitados, conseguindo expor sensacionalmente o tabu sobre a Antropofagia.
Relativamente a contos como Frankenstein, existe muitos necrófilos que atingem o clímax a “brincar” com os mortos, seja a desmembra-los, a aguardar partes dos corpos, a fazer sexo mórbido ou a cozinha-los. Ou os quatro juntos, como o caso de Jeffrey Dahmer!
Por isso não tenhas medo dos monstros que podem aparecer debaixo da tua cama ou no armário, pois eles não se escondem aí! Eles estão entre nós; e tu dificilmente saberás quem eles são.
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