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Serial-killer (parte 1) (by Alexandre Sebert)


Serial killer: o complexo artista que exerce a arte macabra de arrancar os últimos suspiros a inúmeras vítimas. Creio que não é um luxo para qualquer vítima de assassinato ser morta por um Serial-Killer.

É lastimável, mas obscuramente cativante relembrarmos estas mentes criminosas e as suas milhares de vítimas que, para além de mortas, muitas das vezes foram esquartejadas, enterradas, desovadas, mutiladas, torturadas, desmembradas, enfeitadas, mastigadas e ingeridas e que até mesmo se tornaram companhias caseiras morbidamente apaixonantes. Para muitos esta lábia não passa de um terror literário (algo abominável e monstruoso), mas, para um amante da Psicologia como eu, o estudo destes senhores e senhoras que tentam brincar aos deuses ou aos doutores enlouquecidos, torna-se uma bizarra paixão! Procurarmos perceber quais as origens de um assassino potente e quais os seus mecanismos e processos mentais que accionam o seu comportamento e atitudes faz-nos sentir como extrapolássemos a nossa existência e dilacerássemos a moralidade.

Creio que seja dramático cairmos no erro de desumanizar este tipo de assassinos implacáveis, ou distanciá-los biologicamente de nossa espécie. No fundo, segundo a minha ideologia pessoal, nós somos todos iguais e feitos da mesma “massa”. Se retirarmos todo o processo de socialização de um indivíduo, obteremos um animal autêntico, e ,como todos nós sabemos, animais atacam, seja por qual for o motivo. Somos dotados de um incomparável processo de socialização, aspectos hereditários e tendências fisionómicas e biológicas que nos assemelham que, no geral, nos tornam aptos no ecossistema no qual estamos inseridos. E, sendo o ser humano uma espécie animal como qualquer outra, devemos salientar o facto de que cada pessoa tem uma história de vida única e um desenvolvimento diferente, o que nos torna distintos uns dos outros, mas ao mesmo tempo tão semelhantes.

Então, estando ciente acerca da nossa igualdade humanitária durante e após a gestação, questiono-me sobre a seguinte questão: qualquer indivíduo da nossa sociedade pode ser capaz de se tornar um maníaco homicida, capaz de desmembrar um corpo inteiro por prazer, guardá-lo como troféu de caça e praticar necrofilia e canibalismo como o cadáver? A minha resposta é sim! Claro que, se determinado sujeito é capaz de o fazer, então todos nós somos capazes. Todos nós poderíamos ser uns serial killers macabro se não estivéssemos adormecidos, reprimidos ou moralizados. Todos nós possuímos latentes impulsos que devem permanecer inatos, para o nosso próprio bem-estar e para o bem-estar dos outros.

Segundo o ponto de vista do Pai da Psicanálise, Sigmund Freud, esta questão nada mais se trata do que a batalha entre o nosso Ego, Superego (consciente) e o nosso Id (inconsciente). Controlados pelo nosso Id, nós seriamos umas criaturas idênticas à monstruosa personagem Hyde, que persegue a presa com calma e retira o prazer mais profundo da tortura, mutilação e carnificina. Algo digno de um pesadelo e que dificilmente se pode considerar humano. Mas Hyde é uma personagem do conto de horror gótico “Dr. Jekyll and Mr. Hyde”, idealizado e escrito pelo escritor britânico Robert Louis Stevenson, nos anos de 1880.

Alguns contos tão aterradores e conhecidos como os seus “primos literários” são “Drácula”, “Frankenstein” e até mesmo “Rumpelstilskin”, este último criado pelos irmãos Grimm. Todos estes são contos de terror sensacionais que estouraram nas médias culturais e que brilharam nas suas adaptações cinematográficas, atingindo, assim, a imortalidade e popularidade. Mr. Hyde parece ser a personificação viva do nosso Ego animal ou a personificação dos nossos instintos sórdidos e ilegais escondidos debaixo das nossas camadas civilizadas. Mas Hyde, através de uma adaptação contemporânea da Ciência, pode ser considerado o Alter-ego do Dr. Jekyll; um bondoso doutor instruído, sensível e educado. Para além das adaptações artísticas da Obra, surgiram no decorrer dos anais do crime “adaptações” de carne e osso desta grotesca personagem, tais como: Ted Bundy (jovem e charmoso advogado tão inteligente e bem-parecido que matou dezenas de jovens universitárias, integrando sexo sádico e necrofilia), John Wayne Gacy (senhor bem sucedido que se mascarava de palhaço para animar crianças hospitalizadas durante o dia, enquanto que durante a noite violava, matava e desovava corpos de jovens rapazes), Ed Gein (O tímido e solitário, contudo homem bom que, numa busca para recuperar o conforto e comunicação com a sua tirana e falecida mãe, desenterrava cadáveres de mulheres durante a noite para os levar para casa), Edmund Kemper (enorme indivíduo de 2,6o metros que oferecia boleia a jovens raparigas que acabavam sendo brutalmente violadas, assassinadas, decapitadas e caseiramente enterradas; o mais intrigante é que fez o mesmo com a sua própria mãe, arrancando-lhe as cordas vocais e fazendo sexo com o seu corpo morto), entre muitos outros serial killers,principalmente o meu favorito: Jeffrey Dahmer (jovem introvertido e elegante canibal e necrófilo norte americano que, dotado por uma enorme doçura e inteligência, levou uma década de vida de crimes hediondos e diabólicos, debaixo de quaisquer suspeita). Dahmer, conduzido por uma loucura e depravação incontrolável, matou dezenas de jovens rapazes, usou os seus cadáveres para fins sexuais e transformou-os em horripilantes refeições para se alimentar, para além de transformar o seu pequeno apartamento num “museu” com partes desmembradas conservadas dos corpos das suas vítimas.

O que estes cinco casos mencionados têm em comum? Tornaram-se figuras públicas sensacionais e entraram para a História como alguns dos mais prolíficos Serial Killers de toda a humanidade, tal como o Pai de todos os assassinos em série: Jack o Estripador!

(continua na próxima parte...)

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